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Crianças que não vão ao pediatra com frequência têm duas vezes mais chances de ficarem hospitalizadas
Quando seu filho fica doente você o leva ao pediatra ou ao PS? Se você faz parte do grupo que vai na 2ª opção, saiba que está dentro de uma tendência de substituição do pediatra de consultório pelo atendimento hospitalar. Essa troca pode apresentar riscos para o seu filho, de acordo com uma pesquisa realizada nos Estados Unidos.
Depois de analisar mais de 20 mil crianças, os especialistas descobriram que aquelas que não comparecem à quantidade recomendada pela Academia Americana de Pediatra até os 3 anos de idade correm duas vezes mais risco de serem hospitalizadas. As chances duplicam em caso de doenças crônicas, como asma e problemas do coração. Isso porque essas famílias que perdem as consultas, perdem também a oportunidade de intervenção preventiva e detecção precoce de problemas.
Para o pediatra Donizette Giamberardino, do Hospital Pequeno Príncipe (PR), os dados estrangeiros refletem também um comportamento brasileiro. “Atualmente, o pessoal, por desconhecimento e falta de tempo, só leva o filho ao pediatra quando ele está doente. Aí, por mais que a consulta seja bem feita, o médico não consegue conhecer a criança e a família direito, o atendimento fica mais imediato”.
O especialista explica que a função do pediatra, além de tratar da doença, é principalmente acompanhar o crescimento e do desenvolvimento da criança, a chamada puericultura. Para isso, o ideal é que as consultas sejam mais demoradas e que também sirvam para os pais tirarem dúvidas, trocar informações sobre a educação da criança, orientar sobre a alimentação, sono e fazer a prevenção de doenças e acidentes.
Quando levar ao pediatra?
O contato com o médico deve começar antes mesmo de a criança nascer, como explica o pediatra e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Paulo Poggiali: “Uma consulta pré-natal com o pediatra é importante para o êxito dos primeiros momentos da relação entre filho e pais. Ele pode dar dicas para a sala de parto e para a permanência do bebê na maternidade”.
Quando o bebê já estiver em casa, as avaliações do especialista serão voltadas para o acompanhamento de ganho de peso, amamentação, presença de icterícia, coto umbilical, evacuações, testes do pezinho e da audição e estabelecimento do calendário de vacinação. A SBP tem recomendações específicas sobre o número de consultas para cada faixa etária da criança. Veja na tabela a seguir:
Idade da criança | Quantidade de consultas |
5, 15 e 30 dias | 3 |
2 aos 6 meses | 1 vez por mês |
A partir dos 7 meses | 1 vez a cada 2 meses |
A partir dos 2 anos | 1 vez a cada 3 meses |
A partir dos 6 anos | 1 vez por semestre |
Dos 7 aos 18/19 anos | 1 vez por ano |
Tudo isso?
Sim! Calma, nós sabemos que a correria pode deixar as famílias sem alternativas. Aí o pediatra é só lembrado mesmo quando chega aquela gripe ou quando a criança não está conseguindo comer ou dormir direito. Mas, como já foi dito anteriormente, são as consultas de puericultura que vão garantir que seu filho se desenvolva da melhor forma possível.
Se você anda meio sem tempo, a dica do especialista é a boa e velha conhecida organização. “Já nos primeiros contatos com o pediatra, peça orientação sobre a programação de consultas e não se esqueça de anotar tudo”. E nessas horas vale de tudo: comprar uma agenda, colocar lembrete no celular, pedir para a avó ajudar a lembrar, usar o calendário do e-mail….
Consulta sob medida
Como você pode perceber, do nascimento do seu filho até o início da adolescência, você vai conviver muito com o pediatra. Por isso, é importante que você escolha bem antes de levar a criança, não adianta só pesquisar no catálogo, é preciso sentar e conversar bastante com o médico, afinal, existem os gentis, os autoritários, os bem-humorados.
“No atendimento médico, o principal é a confiança. Existem vários tipos de pediatra por aí, por isso, o ideal é que a família ache um de acordo com seu perfil. Se você odeia dar remédios, por exemplo, procure um especialista que trabalhe mais com maneiras alternativas. Se não pode ver uma febre que fica ansiosa, o ideal é um pediatra que receite medicamentos. O importante é que a relação interpessoal seja boa”, aconselha Giamberardino. Não se esqueça, quanto mais cedo os cuidados com o seu filho, mais qualidade de vida ele terá no futuro.